quinta-feira, 4 de setembro de 2014

MAIS MÉDICOS: Mais Médicos não pode ser programa definitivo, diz Marina



Candidata defendeu a formação de médicos no Brasil para atender às necessidades da população e disse que programa não pode ser definitivo. 

Em encontro com a categoria médica, na Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo, a candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, afirmou que o programa Mais Médicos, bandeira do governo Dilma Rousseff para resolver o deficitário sistema de saúde pública brasileira, não pode ser um programa definitivo. “É uma medida que tem que ser entendida como complemento, e não como medida definitiva”, disse. "É um programa que ajuda nesse momento de crise, em função da deficiência do serviço de saúde. Lamentavelmente, há uma negligência que vem sendo praticada governo após governo, e nesse governo não é diferente", afirmou.


Implantado há um ano, o Mais Médicos já repassou 2 bilhões de reais para a ditadura de Cuba – 80% dos médicos que integram o programa saíram da ilha dos irmãos Castro. O site de VEJA obteve a localização exata das cidades onde estão esses médicos. 

Marina disse que o programa deverá ser mantido se for eleita, mas reforçou que é necessário formar médicos brasileiros para atender a população do país. Ao defender a formação de médicos e a ampliação do atendimento público de saúde, a ex-senadora relembrou sua história. "Eu sei como é sentir um problema de saúde e não ser atendida. Em apenas um ano, quando a malária e o sarampo acertaram a minha família, após a abertura da BR-364 (no Acre), eu vi falecer meu tio Xamã, minha avó Sofia, minhas duas irmãs e minha própria mãe e tantas outras pessoas da minha comunidade. Não havia ninguém para nos atender", lembrou.

A candidata contou que já foi atendida no Hospital das Clínicas, mantido pela USP, o que a salvou da terceira hepatite. "Fui chegar aqui em São Paulo, depois de cinco malárias, para me tratar da minha terceira hepatite, essa, medicamentosa. Eu fui para o Hospital das Clínicas e entrou um médico com seus residentes e disse: 'Olha o que eu tenho aqui, um fígado da Amazônia'. Virei objeto de estudo", brincou.

Durante sua fala, Marina reafirmou promessas de governo como: criar uma carreira para os médicos, universalizar o Sistema Único de Saúde (SUS) e destinar 10% da Receita Bruta Corrente para ações de saúde. O médico e deputado pelo PSD, Eleuses Paiva, participou do encontro e disse que a categoria se mostrou contente com as propostas apresentadas pela candidata. "O programa dela é muito parecido com o que temos defendido", comentou.

Questionada sobre de onde tiraria os recursos, se ela elevaria impostos para garantir o dinheiro prometido, Marina voltou a repetir a fala de Eduardo Campos, seu ex-colega de chapa, morto em acidente aéreo no último dia 13. "Ninguém pergunta de onde vieram os 500 bilhões de reais que foram destinados ao BNDES", disse. Ela respondeu apenas que seu governo "fará as prioridades necessárias". 

Plágio — A candidata aproveitou para responder às críticas feitas por seu adversário tucano, Aécio Neves, que a acusou de copiar as propostas de direitos humanos. "A defesa dos direitos humanos não deve ser privatizada por nenhum partido. Essa é uma visão pouco generosa das conquistas humanas", criticou. Marina disse ainda que se sentiria "feliz e honrada" se algum candidato incluísse em suas propostas, projetos de sua autoria como a Lei de Gestão de Florestas Públicas. "Eu não tenho uma atitude exclusivista de que as cosias boas devem estar em todos os programas de governo", alfinetou.

Na terça, Aécio disse que a proposta de Marina era uma "cópia exata" do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), do governo de Fernando Henrique Cardoso. "Ela poderia ter pelo menos dado crédito aos autores verdadeiros da proposta e a FHC", disse o tucano.

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