quarta-feira, 13 de julho de 2016

REVALIDA: Comissão debate revalidação de diplomas de Medicina obtidos no exterior




Debatedores defendem aplicação do Revalida para fortalecer atendimento médico.


O exame Revalida foi instituído em 2011 para padronizar o processo de revalidação dos diplomas de medicina emitidos por instituições estrangeiras de ensino superior.

Participantes de audiência pública da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados defenderam nesta terça-feira (12) a valorização do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Estrangeiros (Revalida) para fortalecer o atendimento médico no Brasil.

O representante da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Henry de Holanda Campos, destacou que 83% dos médicos diplomados na Bolívia foram aprovados no último exame e estariam aptos para exercer a medicina no País. Ele também afirmou que, no total dos que prestaram o Revalida, cerca de 40% foram aprovados.

O presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética, Raul Canal, afirmou que não se pode questionar a qualidade dos médicos formados no exterior se não se aferir a qualidade dos médicos formados no Brasil. “Em anos anteriores, mais de 60% dos alunos médicos formados em São Paulo não passaram na prova do Cremesp [Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo]”, destacou.

Canal salientou que os critérios de controle de qualidade para exercício de medicina na Bolívia são mais rigorosos do que aqui.

A presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, afirmou que o Revalida é feito com zelo, cuidado e rigor metodológico e que conta com grande representatividade das entidades médicas.

Mais Médicos
Representante do Conselho Federal de Medicina na audiência, Jeancarlos Fernandes Calvalcante criticou a contratação de médicos no âmbito do programa Mais Médicos sem que sejam submetidos ao Revalida. “Ninguém em sã consciência é contra um projeto que leva médicos aonde não tem médicos. Os estrangeiros são bem vindos ao território nacional, mas é preciso que eles façam o Revalida. É preciso que se submetam a um filtro de qualidade”, afirmou.

O deputado Ságuas Moraes (PT-MT) criticou o preconceito das entidades médicas brasileiras com os países da América Latina que fazem parte do Mais Médicos, mas reconheceu a importância do Revalida. Segundo ele, o fato de trazer médicos que não precisem fazer a avaliação é emergencial e temporário.

“Não ter o Revalida deveria ser temporário. Acredito que, daqui a algum tempo, todos os médicos que venha para cá ou mesmo brasileiros formados no exterior façam o Revalida”, afirmou o parlamentar.

Qualidade
O reitor da Universidade Tecnico Privada do Cosmo, na Bolívia, Hernán Garcia Arce, afirmou que o sistema educacional da Bolívia é de qualidade e que o país tem compromisso constante pela qualidade do ensino.

“Temos que admitir que a globalização tem facetas que repercutem na educação superior e que todos estão trocando experiências educativas. Temos recebido quantidade grande de estudantes brasileiros, e a experiência é enriquecedora”, destacou o professor.

O deputado Mandetta (DEM-MS) criticou a importação de médicos estrangeiros e disse que isso acaba “mediocrizando a medicina”.

Na avaliação do presidente da comissão, deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), o processo anterior ao Revalida era “extremamente diversificado e, até mesmo, contraditório nos seus processos internos e nos seus resultados, quando executados pelas universidades federais”. A audiência desta terça-feira foi realizada a pedido de Faria de Sá.

Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Pierre Triboli
'Agência Câmara Notícias'

A AVALIAÇÃO ATRAVÉS EXAME DE MÉDICOS BRASILEIROS EM CONJUNTO COM O REVALIDA


MARIA INÊS FINI(Presidente INEP), "eu entendo que a avaliação do progresso dos alunos do Brasil é diferente da avaliação para revalidar o diploma de médicos estrangeiros. 
OPINIÃO"Por que? Qual a diferença? Gostaria muito de saber qual a diferença entre provas que tem o intuito de avaliar se o médico está apto ou não para trabalhar sem riscos a população. Quais questões seriam diferentes na aplicação da prova pra médicos estrangeiros e médicos que acabaram de formar no país? A formação de medicina no Brasil é diferente da medicina no restante do mundo? Se for diferente por favor nos avise em quais pontos são diferentes para que todos saibam!" 

LUIZ ROBERTO CURY - Conselheiro da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação - CNE: Tem que existir um rigor muito grande ou mesmo padrão para se avaliar o diploma de médico da mesma forma que existe aqui no Brasil. 
OPINIÃO"Então entende-se que poderia ter a avaliação de todos juntos?"

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários que contenham termos vulgares e palavrões, ofensas, dados pessoais (e-mail, telefone, RG etc.) e links externos, ou que sejam ininteligíveis, serão excluídos. Erros de português não impedirão a publicação de um comentário.